52 balas de estalo
Obra aprovada no PNLD 2021 – Ensino Médio
CÓDIGO DA COLEÇÃO: 0669L21609
Machado de Assis se referia ao folheto Leis e resoluções da província da Bahia votadas no ano de 1885, mas pode-se dizer que ele estava definitivamente certo: este livro chegou às suas mãos.
Ao longo de quatro anos, a coluna Balas de Estalo foi publicada na página dois da Gazeta de Notícias, no Rio de Janeiro. Com o pseudônimo de Lélio, Machado de Assis era um dos cronistas que colaboravam para a coluna e contribuiu com 125 textos. Ao dialogar com o leitor sobre assuntos do cotidiano, da política e da sociedade brasileiras do final do século XIX, Machado vai, na voz de Lélio, exercitar não só a escrita do gênero crônica – híbrido entre o jornalismo e a literatura –, mas também inventar novas formas de contar e recontar fatos e acontecimentos em estalos que conectam o passado e o presente e nos fazem refletir sobre o futuro.
Você vai conhecer 52 dessas crônicas, selecionadas com o intuito de que você leia, por exemplo, uma por semana, ao longo de um ano. Se fizer isso e for um investigador sagaz, como diria Lélio, vai descobrir que Machado estava certo: a vida e a história de um tempo estão não necessariamente nos grandes acontecimentos, mas em pequenos achados do cotidiano.
Obra aprovada no PNLD 2021 – Ensino Médio
CÓDIGO DA COLEÇÃO: 0669L21609
Caro professor,
Pretendemos, com este material, convidá-lo para um trabalho pleno de significado com a experiência de leitura. Em sua atuação docente, você é mediador do encontro de um jovem leitor literário com o universo rico da literatura. E isso é um privilégio! Para nós, a literatura é a experiência máxima da alteridade e um sistema simbólico “por meio do qual as veleidades mais profundas do indivíduo se transformam em elementos de contacto entre os homens, e de interpretação das diferentes esferas da realidade” (CÂNDIDO, 2013, p. 25).
O autor
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, próximo ao centro do Rio de Janeiro. Sua mãe, que morreu quando ele tinha apenas 9 anos, era portuguesa, de origem açoriana; o pai era neto de escravos alforriados e morreu quando Machado tinha 12 anos. Em 1854, ainda muito jovem, Machado publicou seu primeiro poema no Periódico dos Pobres. Durante a adolescência, entre 1856 e 1858, trabalhou como aprendiz de tipógrafo, na Tipografia Nacional. Ainda em 1858, ingressou como revisor e caixeiro na livraria e editora de Paula Brito e passou a colaborar em jornais e revistas, escrevendo textos variados, como crônicas e crítica teatral. Em 1863, passou a escrever para o Jornal das Famílias, onde publicou muitos de seus contos mais conhecidos, e no ano seguinte lançou Crisálidas, seu primeiro livro de poesia.
A organizadora
Naiara Raggiotti é editora e escritora há mais de 20 anos. Atuou como resenhista, revisora, preparadora de texto, redatora e coordenadora editorial para diversas casas publicadoras do país, desenvolvendo obras de referência, como dicionários e enciclopédias, livros didáticos, obras literárias e de interesse geral. Participou da criação de projetos editoriais e gráficos, como o da série Clássicos Melhoramentos, que buscou atrair o jovem leitor com um visual colorido, leve e moderno; escreveu livros sobre assuntos diversos, assinados sob pseudônimos variados, e foi ghostwriter de personalidades de distintas áreas do conhecimento; redigiu biografias de grandes personalidades das artes e da cultura, entre elas um texto sobre a vida e a obra de Oscar Niemeyer (1907–2012), arquiteto e urbanista, para a primeira edição brasileira do Dicionário enciclopédico ilustrado Larousse – edição ilustrada pelo próprio Niemeyer, poucos anos antes de falecer; colaborou para o Manual de editoração e estilo, de Plinio Martins Filho, ganhador do prêmio Jabuti em 2017 na categoria Comunicação, entre outros projetos. Em 2013, Naiara Raggiotti fundou, com seu marido Diego Rodrigues, a Carochinha, editora especializada em livros infantis, tendo publicado cerca de 120 obras até o momento. Atualmente, prepara um novo selo editorial, chamado Capitu, que vai publicar clássicos escritos ou protagonizados por um “eu feminino”. Naiara Raggiotti é formada em Comunicação Social com habilitação em Editoração pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e mora na cidade de São Paulo com o marido e sete gatos.