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Como eu me sinto?

Descubra o livro Como Eu Me Sinto?, uma narrativa direcionada a conversar com as crianças sobre seus sentimentos e incentivar a lidar com eles.

Por Marcelo Jucá

Como você se sente? e Está tudo bem com você? são duas das perguntas mais importantes dos últimos tempos. E elas têm sido feitas cotidianamente para adultos e crianças. Ou deveriam ser. E tem um motivo para isso, claro.

Quem explica de forma preciosa a importância é o médico Gabor Maté, especialista em saúde da família, em uma série de entrevistas e palestras que circulam nas redes sociais. Em uma delas, ele responde:

“Por que as crianças estão tendo mais TDAH que antes? Porque os pais estão muito estressados e as crianças sensíveis captam esse estresse. Eles captam esse estresse e não sabem o que fazer com isso, eles desregulam porque são crianças pequenas, em um momento em que o cérebro está desenvolvendo.” 

Apesar de a resposta ser direcionada às questões de TDAH, podemos compreender que, de uma forma geral, o estresse dos adultos, da família, desaba em cima dos filhos, de crianças e está relacionado às questões de saúde mental como um todo, ou seja, além de TDAH, depressão, isolamento, obsessão, entre outros sintomas.   

Conversar sobre os nossos sentimentos, nomeá-los, aceitá-los e aprender a lidar com eles tornou-se essencial para pessoas do mundo todo.

Vivemos em uma era de muita informação, em que adultos e jovens estão acelerados, o que acaba também atingindo as crianças. Não é novidade afirmar que, de certa forma, todos estão ansiosos, estressados e, com isso, exaustos.

Já parou para pensar? Não é por acaso que o filme Divertidamente 2 (2024) é o filme mais visto de todos os tempos nos cinemas do Brasil. A ansiedade pela qual o público brasileiro aguardava o filme era enorme.

O que fazer?

Não há segredo. É preciso respirar e olhar a situação, o cotidiano em que cada criança está inserida. Prestar atenção e ouvir. Paciência e carinho são essenciais, dentro de casa e na escola, dois dos principais pontos de apoio das crianças. E cuidar.

Um dos meios mais eficazes vistos até agora é o de desconectar, desacelerar, e voltar a respirar, a prestar atenção na própria respiração e nos pensamentos. É o se olhar para dentro e permitir que os diferentes desejos e dores sejam confrontados e resolvidos.

Como?

Um bom livro sempre ajuda. A leitura é um meio perfeito para desconectar do estresse, dos meios virtuais, e se conectar com a criança, com as suas emoções. Acalma, abra diálogo de confiança e afeto.

Como Eu Me Sinto?, de Patrick George, é um livro para estar na mesa de centro de muitas famílias, na estante das bibliotecas de escolas e de profissionais da saúde em família.

A obra pode ser utilizada como um recurso para trazer identificação com a criança e ajudar na investigação dos sentimentos que habitam cada mente.   

Como a gente se sente?

O livro é de fácil acesso, com sentenças que conversam diretamente com o leitor com o auxílio das imagens.

As crianças são representadas na obra apenas por suas “sombras” e balões coloridos, que de acordo com cada emoção mencionada, pode estar grande e voando, ou murcho e no chão. 

Raiva, alegria, tristeza, confusão e esperança. O pequeno leitor vai encontrar um pouco de tudo e poder associar suas ideias.

Para as famílias, criar uma rotina de leitura, passear pelas páginas do livro e conversar sobre é uma ótima oportunidade de cuidar dos sentimentos. Os adultos podem trazer histórias, lembrar de fatos, criar laços e mostrar como lidou com a situação, e assim por diante. 

Já nas escolas, os educadores têm muito material para investigar em sala de aula. Podem pedir para cada aluno escolher um sentimento e desenvolver projetos artísticos, redações e grupos de apoio.

Podem ser criados jogos de tabuleiro, um jogo de emoções, de cartas, atividades físicas e as possibilidades e recursos que cada educador puder compartilhar e fazer a diferença. É fundamental incentivar os debates e o acolhimento das crianças.

Também é interessante relacionar os projetos às habilidades socioemocionais presentes na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

O importante é colocar para fora, discutir os sentimentos e descobrir maneiras de lidar com eles de uma forma saudável.

Como Eu Me Sinto? pode ser a semente para depois colher crianças saudáveis e preparadas. 

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