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Entrevista com a autora Andréa Avelar sobre o lançamento do livro “A Bola Mágica da Pergunta”

O Blog da Carochinha conversou com a autora Andréa Avelar sobre o lançamento do livro “A Bola Mágica da Pergunta”, novidade aqui no Reino da Carochinha.

Para descobrir mais sobre a história e os bastidores do livro, fizemos como o título da obra sugere: perguntamos! Perguntamos um montão de coisas para a Andréa, que, prontamente, e com muita magia, nos respondeu.

Quer saber mais? Confira o papo a seguir.

Por Marcelo Jucá

Já de primeira, conte aos leitores e educadores que acompanham o Blog da Carochinha: A Bola Mágica da Pergunta é uma história de pergunta e resposta, de fantasia ou de poesia?

A Bola Mágica da Pergunta é um livro de filosofia. Filosofar é simplesmente refletir sobre nós mesmos, sobre o que acontece no dia a dia e no mundo. E como nos tornamos filósofos? Perguntando!

O livro provoca o leitor a investigar e discutir sobre o significado das coisas, dos sentimentos e, com isso, desenvolver a habilidade de usar o pensamento na prática. As perguntas nascem de experiências cotidianas vividas pelas crianças, e essa simplicidade classifica todas as perguntas e respostas como importantes. A Bola Mágica incentiva a participação de todos e encoraja quem levanta a mão e a recebe a pensar com criatividade e fazer associações novas. Tudo isso pode ser feito com fantasia e poesia.

A gente sabe que você é jornalista, então deve gostar bastante de perguntas e respostas. Essa história nasceu desse interesse por querer sempre saber mais?

Deslumbrada pelo saber, sou perguntadora, curiosa, e acredito que foi por isso que estudei Jornalismo e me tornei escritora.

Por ser questionadora e querer aprender sobre tudo, escrevi A Bola Mágica da Pergunta para mostrar para os leitores que eles também podem e devem perguntar.

Todas as crianças são naturalmente curiosas, cada uma em seu tempo e do seu jeito, e explorar essa característica de forma lúdica favorece a busca pelo saber mais.

Qual a primeira pergunta, ou seria a resposta, que te fez perceber que esse livro estava para surgir?

Foram muitas perguntas, mas compartilho a fusão do pensamento que me fez perceber que o livro estava nascendo.

Como pensam as crianças? Será que há uma única resposta para essa pergunta?

E mais… Como a filosofia pode fazer parte da infância de forma forte e bela, valorizando a diversidade de saberes?

A resposta veio em seguida: a literatura está a serviço da educação integral, e não é surpresa nem novidade que as histórias contribuem para que as crianças vejam o mundo de forma diferente. Nesse momento, a história estava pronta, esperando minhas mãos para lapidá-la.

Ainda no começo do livro, os leitores encontram uma adivinha. A gente pode entender que adivinha é um jogo de perguntas e respostas. Você gosta de adivinhas ou elas surgiram por conta da história? Elas fizeram parte da sua infância e vida literária?

Eu gosto muito de adivinhas, elas fazem a gente pensar e se divertir ao mesmo tempo. Esse jogo de perguntas e respostas faz parte do folclore brasileiro e fez parte da minha infância e da infância da professora Filó, personagem do livro. Tanto é que ela entra na sala de aula cantando uma parlenda. A adivinha e a parlenda acrescentam mais uma camada de alegria ao livro.

Ao longo da história, vão surgindo muitas perguntas. Como os educadores podem apresentar o livro aos alunos? Acredita que os leitores se sentirão convidados a fazer as suas próprias perguntas também, ou vão querer descobrir as respostas do livro?

Os educadores poderão contar com uma Bola Mágica, o próprio objeto, para apresentar o livro e para provocar reflexão sobre qualquer tema e área do conhecimento. O livro será uma ponte para apresentarem a importância da investigação. Não existem verdades absolutas para responder algumas perguntas; eu quero jogar luz sobre o fato de que o questionamento das crianças sobre conceitos comuns pode ser pensado pela ótica da própria criança e do seu repertório. Isso poderá ser demonstrado quando as perguntas provocadas pela Bola Mágica tiverem respostas diferentes ou complementares.

Por que é ruim acordar cedo?

É feio mostrar a língua?

Por que não dá pra sonhar depois de acordar?

Certamente as crianças responderão a todas elas, e muitas outras perguntas brotarão das respostas.

As ilustrações são de Fran Junqueira. Como as imagens e as palavras se encontraram no livro?

As imagens da Fran Junqueira convidaram as minhas palavras para passear. E ambas caminharam juntas em um movimento contemporâneo e cheio de cor. Assim é o livro ilustrado, um passeio em que o texto anda de mãos dadas com a ilustração em um caminhar cheio de significados. O resultado é uma obra de arte para todos os leitores.

Agora perguntas e respostas bem rápidas:

Uma pergunta que se faz todos os dias?

Tem café? (risos)

Também faço uma afirmação todos os dias. Para contar qual é, escrevi um haicai.

Serve gentileza

a todo mundo que vê

sem ter um porquê.

Quantos livros já escreveu?

Já escrevi muitas histórias. Hoje, tenho dez livros publicados e alguns em fase de edição.

As uvas verdes são primas das uvas roxas?

Outro haicai:

Uvas verdes ou roxas

gosto doces ou azedinhas

primas ou vizinhas.

Quantos grãos de areia tem na praia? E no meio dos dedos?

São zilhões de grãos!!! Você acredita que há mais estrelas no céu do que grãos de areia na praia? Acho poético pensar que cada grãozinho daquele fez parte de uma rocha gigante e ficará guardado na memória de quem passou um lindo dia à beira-mar, mesmo que não reste nenhum entre os dedos.

Joaninha tem joanete?

Não, a Joaninha não tem joanete,

mas esconde um segredo…

ela e a Dona Carochinha, todos os dias,

comem pudim na sua quitinete.

Qual pergunta gostaria que tivéssemos feito, mas não fizemos?

Você está feliz?

Aproveito para responder:

Sim! Estou feliz e grata por falar ao blog Carochinha e especialmente feliz, e muito, pelo lançamento do livro A Bola Mágica da Pergunta.

E para terminar, tem alguma curiosidade sobre o processo ou sobre o texto que pode compartilhar?

Quando eu estava escrevendo o livro, parecia ouvir um sussurro:

Levante a mão!

Pegue a Bola Mágica!

Pergunte.

Você pode.

Eu atendi ao pedido e digo o mesmo, querido leitor:

Vamos. Levante a mão!

Pegue a Bola Mágica!

Pergunte.

Você pode.

Isso é mágico!


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