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Entrevista com Thais Laham Morello sobre o seu novo livro, Alfredo do 33 e seu gato xadrez

O Blog da Carochinha conversou com Thais Laham Morello, autora da série de livros do gato Atum, publicados pela Carochinha. Desta vez, não tem Atum, mas um tal de Alfredo. Quer saber mais? Confira o papo a seguir.

Por Marcelo Jucá

Já de primeira, conte aos leitores e educadores que acompanham o blog da Carochinha: Alfredo do 33 e seu gato xadrez é uma história de aventura, mistério, matemática ou do reino animal cheio de estampas?

O livro do Alfredo é uma mistura de tudo isso; só matemática que não entra nessa história! Os personagens são pássaros coloridos e estampados que moram num prédio recheado de vizinhança e, claro… um gatinho xadrez!

É verdade que essa história surgiu de uma brincadeira de faz de conta? Conta mais pra gente!

É verdade! Eu tenho uma prima, e o nome dela é Sara. Somos como irmãs. A gente sempre gostou de fazer voz para os gatos e cachorros, mas um dia surgiu, numa dessas brincadeiras de voz, uma voz grossa e masculina, e a partir daí apelidamos essa voz, que a Sara começou a fazer, de Alfredo, e passamos a construir esse personagem. Então brincamos como se o Alfredo fosse nosso amigo imaginário, e ele era sério, mas com um coração grande e bondoso, no fundo bem divertido! No livro não contei, mas o Alfredo gosta de fazer mergulho, ele tem até um pé de pato pra nadar.

Dizem por aí que você gosta de gatos. Confere? Qual é a sua relação com eles e a relação deles com os seus livros?

Eu amo gatos, tenho dois aqui em casa. O Atum e a Pitanga. Eu tenho uma relação muito boa com os gatos, mas nem sempre foi assim. Eu queria um cachorro, mas ganhei um gatinho. No primeiro dia dele em casa, eu estranhei, mas, depois, o meu gato Atum me conquistou tanto que até escrevi uma história pra ele, que acabou virando uma coleção de livros publicados pela Carochinha. É o Atum, o Gato Grato! Hoje ele já tem treze anos e a Pitanga, oito.

Na história, acompanhamos Alfredo, um tipo sério. Mas talvez ele não seja tão sério assim... O que os educadores vão encontrar e podem trabalhar de emoções com os alunos?

É uma história recheada de emoções, dá pra trabalhar sobre fofoca, sobre julgamento, sobre empatia, sobre convivência, sobre preconceito, sobre timidez! O Alfredo foi julgado pela vizinhança, mas quem o conhece sabe que tem um grande coração. Então acredito que o respeito é um tema que abrange todos esses temas.

Tem algum motivo por ter escolhido Alfredo e os demais moradores do prédio serem pássaros? Pode falar mais sobre a relação dos animais nos seus livros?

De início, tanto o Alfredo como os demais personagens seriam humanos, mas, conversando com a Juliana Basile, que ilustrou o livro, chegamos juntas à ideia dos pássaros, pra ficar mais criativo e trazer a sensação de liberdade, pois é preciso dar asas à imaginação pra poder criar e brincar. Além de ter o gato do Alfredo.

Aqui temos um pássaro que tem um gato de estimação, e geralmente gato come passarinho.

Então podemos pensar na diversidade convivendo bem junta. Eu gosto de colocar animais como personagens, porque, além de amar os animais, eles conversam bem com o universo infantil, que desperta ternura nas crianças, causando identificações por meio do imaginário de faz de conta.

O livro conta com as ilustrações belíssimas de Juliana Basile. Ao vê-las, o seu coração ficou xadrez também? Como as imagens e palavras se conectaram?

Meu coração ficou xadrez de tanta emoção que senti quando recebi as primeiras amostras!

Eu e Ju trabalhamos juntas em outros livros e sempre nos conectamos com muita sintonia. E dessa vez não foi diferente.

As imagens fazem parte da história, nos contam muito sobre os personagens e o cotidiano do prédio, complementam a história por oferecer abertura pra imaginação e criatividade pro leitor continuar com os personagens, criando suas próprias histórias além da história contada nas palavras.

O desenho enriquece a obra e proporciona maior liberdade pro leitor continuar a história depois que o livro acaba.

Tem alguma curiosidade sobre o processo ou sobre o texto que pode compartilhar?

O Alfredo, como disse anteriormente, é fruto de uma brincadeira de faz de conta entre eu e minha prima.

A curiosidade aqui é que temos quase quarenta anos, mas, muitas vezes, brincamos como se fôssemos crianças. E é assim que a gente esquece um pouquinho a nossa idade.

Na verdade, não tem idade certa pra brincar; em toda idade, a diversão é bem-vinda. Mas, quando viramos adultos, também ficamos um pouco sérios, pois temos alguns deveres que precisam de responsabilidade.

O processo de escrita durou anos, comecei escrever em 2017 e, só agora, no final de 2023, o livro está pronto. Tanto é que as ilustrações também sofreram alterações de humanos para pássaros.

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